Pois é. Eu bem que podia ter ficado em casa no feriadão, mas, não, não fiquei, e resolvi atender o convite de amigos para passar o domingo (e a segunda feira) em sua casa de campo proximo do mar em Barra do Jacuípe.
Lá fomos nós, no domingo, mostrar a uma amiga de SP o que é o encontro do mar com o Rio, já que eles lá só sabem o que é o Tietê e o Pinheiros e nem sequer sabem onde começa e nem onde vai se acabar.
Fomos por volta das 12hs. Apesar de 10 anos morando em Salvador, nunca havia me aventurado a sair num feriadão para além do portões de Vilas do Atlantico.
Barra do Jacuípe deve acomodar umas 2000 pessoas, no feriadão umas 25000 deviam estar por lá. Lembrei de algumas celebres frases do Caco Antibes, mas acho bom não citá-las, mas que era a verdadeira imagem, isso era. Um sol de torrar amendoim na areia sem precisar de fogareiro, um incontável numero de carros em ruas pequenas que mal cabiam as bicicletas, e o que mais me admirou foi que entrei na cidade assim mesmo e por não ter como parar o carro resolvemos sair daquele local, 65 minutos depois, que Dante chamou de o Inferno.
Milhares de litros de cerveja já haviam se esvaziado no lugarejo, assim como centenas de litros de óleo hidratante, protetores e óleo dois tempos dos Jet Skis que nas águas do famoso rio faziam suas manobras tentando por para fora dágua os incautos banhistas que ali foram comer peixe frito com carangueijo lambuzados de areia, que rapidamente se afastava das postas quando batidas na mesinha plastica com propagando de cervejaria. Bem, depois dos 65 minutos consegui me desvencilhar do congestinamento Singapuriano e resolvi ir mostrar outra praia para a amiga.
Guarajuba, lá sim, local nobre, povo organizado, bem frequentado, doutores, professores, até de surf, médicos e outros bons profissionais, mas, triste sina, mais de 800 carros numa área que caberia no maximo 200.
Nada mais restou do que tentar a manobra, sair da cidade e, meio sem graça ir mostrar finalmente o Point de Itacimirim. Este sim um local frequentado por Big Riders do surf, dos longs, kites e pranchinhas, Dos lustrosos carros e seus racks maravilhosos, dos velhos com cara dejovens e com altas doses de anabolizantes mostrando o musculo, achando que as mulheres estão admirando. Passei por mais um desafio: Apostar qual carro sairia do lugar para dar vaga para o nosso. e depois de longos 20 minutos eis que surge uma vaga bem esmirrada em Frente a Barraca do Paulo e Renato, aquela que a gente se delicia sempre que vai pegar umas ondas fora de Jaguaribe, a Papiri. Nenhuma vaga nas mesas, aliás nem nas areias ao redor da Barraca. Longas filas nos dois unicos banheiros da redondeza, os da barraca, e o que é pior, já estavamos com mais de 5 hs sem ingerir nehuma colherzinha de comida, A fome era diabélica, daquelas que leva qualquer diabético a visitar os colegas Manellis, George, Sandy e LM nas dependencias dos hospitais de Salvador. Eu já experimentando os primeiros sinais de uma Hipoglicemia. e finalmente, nem tudo estava perdido, pois, após as 17hs conseguimos uma mesinha e o bom atendimento do Paulo e Renato da Barraca Papiri. Conseguimos tomar o primeiro litro de agua mineral e, finalmente, depois de ver que o Paulo, proprietário da barraca não ia mais sair correndo devido a loucura que estava no seu estabelecimento, arriscamos um delicioso Peixe que, dizendo ele, chamava-se Agulhão Negro, e o Batizamos de Agulhão do Mar Negro de tão exótico e saboroso que o danado se apresentou e que por sinal tinha sua carne mais para róseo do que para vermelho ou....negra. Aliás, foi a salvação do nosso feriadão e aproveitei todo este relato para poder passar aos amigos que:
- Em feriadão os Brows devem ficar longe das paradisiacas praias do Litoral Norte
- Não acredite que vai encontrar amigo te esperando em algum ponto pre marcado, e, se ele estiver esperando mesmo, voce não o encontrará pois não conseguirás descer do carro.
- Poucos amigos vão estar com celular ligado proximo do local que voce marcou para se encontrar
- E se conseguires chegar em Itacimirim só te restará o Agulhão do Mar Negro na Barraca do Pipiri para te salvar.
- E leve tudo na esportiva pois no dia seguinte, com certeza, só o surf salva.
Como diria o bom e velho Brow Rigoti, Resumo da Ópera: Somente na segunda feira a tarde sem a amiga de SP conseguimos achar a casa dos amigos nas imediações de Barra do Jacuípe e saboreamos uma bela feijoada regada a agua de coco, coca cola zero e algumas latas de cerveja saboreadas pelos amigos, já que este aqui é um Cocolatra inveterado.
No proximo feriadão, não passarei de Jaguaribe.
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